Este Blog tem como principal objectivo, dar a conhecer o trabalho realizado pelas alunas Andreia Costa e Tânia Batista na disciplina de Área de Projecto, intitulado 'Efeitos do abandono afectivo nas crianças e adolescentes', assim como a evolução do mesmo ao longo das semanas. Agradecemos a vossa colaboração.
sexta-feira, 7 de março de 2008
Cerca de 100 crianças maltratadas no primeiro trimestre do ano
APAV denuncia que a maior parte dos crimes cometidos contra as crianças são praticados pelos próprios pais.
A Associação da Apoio à Vítima (APAV) revela que quase uma centena de crianças foi maltratada nos três primeiros meses do ano. Segundo um estudo feito pela associação, em 60% dos casos o crime é cometido pelos próprios pais das crianças.
Entre Janeiro e Março, a APAV registou 84 casos de maus-tratos. Os maus tratos psíquicos foram o crime mais frequente (53 casos). Foram também denunciadas três violações, oito abusos sexuais e 15 casos de ameaça/coação.
A faixa etária das crianças mais afectadas é entre os 11 e os 17 anos (39,2%). Ente os seis e os 10 registaram-se 27,8 % dos casos e em crianças com menos de quatro anos registaram-se 19,6 %.
O agressor é um homem em 80% dos casos. As estatísticas dizem que em 15% dos casos o agressor está desempregado e em 13,4% são operários, artífices e trabalhadores da construção civil.
Mais de metade das vítimas concentra-se em Faro, Lisboa e Porto. A APAV avança com a explicação de que estas cidades são algumas das que têm mais população no país.
É importante denunciar!
Que tipo de maus tratos existem?
1. Negligência - física, educativa, emocional
2. Abuso - físico, emocional, sexual
Em que idades são mais frequentes os maus tratos?
Os maus tratos a criança são frequentes?
Qual o significado do termo "criança maltratada"?
Semana do Patrono *
A Magia dos livros!
Para quem os escreve, como para quem os lê, é muito mais do que isso. A propósito do Dia Internacional do Livro Infantil, que se comemora no próximo dia 2 de Abril, o EDUCARE.PT falou com alguns autores.
Um livro nunca é apenas um livro, é um amigo, um confidente, uma aventura ou uma viagem», refere Rute Gil, coordenadora de uma colecção de livros infanto-juvenis, cujo primeiro volume será lançado no final do mês de Abril.Por isso mesmo, e apesar dos muitos apelos que inundam as crianças no dia-a-dia, acredita que os livros infantis continuam a manter o seu espaço, até porque «as edições têm conseguido acompanhar os desenvolvimentos tecnológicos e existem cada vez mais livros interactivos». Além disso, por muitas solicitações que uma criança receba, Rute Gil entende que «o livro tem - e se não tem, deveria ter - um significado diferente».
A presença do livro no quotidiano de uma criança é fundamental porque incentiva hábitos de leitura, além de ser uma actividade recreativa, um exercício de liberdade de escolha e uma diversão. Ler histórias aos mais pequenos pode ser uma ajuda importante, porque o livro ganha outra vida com a voz.
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sábado, 1 de março de 2008
* Fernando Pessoa *
A criança que fui chora na estrada
A criança que fui chora na estrada.
Deixei-a ali quando vi ser quem sou;
Mas hoje, vendo que o que sou é nada,
Quero ir buscar quem fui onde ficou.
Ah, como hei-de encontrá-lo? Quem errou
A vinda tem a regressão errada.
Já não sei de onde vim nem onde estou.
De o não saber, minha alma está parada.
Se ao menos atingir neste lugar
Um alto monte, de onde possa enfim
O que esqueci, olhando-o, relembrar,
Na ausência, ao menos, saberei de mim,
E, ao ver-me tal qual fui ao longe, achar
Em mim um pouco de quando era assim.
* Fernando Pessoa - 22-9-1929